Ray
Uma noite normal. Cheguei do trabalho no mesmo horario, jantei, assisti House, deitei na cama e fiquei lendo, logo em seguida estava pegando no sono. Eu estava naquele estado de sono em que você nao tá nem dormindo nem acordado. Ela passou mau durante a noite e foi para o banheiro, escutei elas conversando mas não imaginei nada muito serio. Voltei a me consentrar no sono. Acordei com um grito. corri para o banheiro. Ela estava desmaiada na porta. Denovo não. Fiquei paralisada por alguns segundos. Corri para ajudar. Chamei pelo seu nome, quase gritei pra dizer a verdade. Tentei levanta-la. Não estava dando certo. Não sei se pelo peso dela ou pelo meu desespero. Pensando melhor resolvir tentar acorda-la ali mesmo. Já era pra elar ter acordado. Nunca demorou tanto assim. Comecei a me desesperar ainda mais. Eu estava segurando o choro, mas não iria conseguir por muito tempo. Tentei ser pratica. Peguei um travesseiro e coloquei a cabeça dela no meu colo. Pessei alcool nos braços e no naris dela. Não estava dando certo. Medi a pressão. Estava alta. Provavelmente a clicemia estava baixa. Ela presisava acordar para comer algo doce. Comecei a sacudi-la e chamar seu nome. Os olhos dela começara a se mecher. Graças a deus ela estava voltando a si. Chamei novamente. Ela foi recuperando a conciencia. Acordou e olhou pra mim. Percebeu que estava no chão e começou achorar. Perguntou o que estava acontecendo. Eu expliquei. "Ray, não foi culpa minha". "Eu sei meu bem, não se preocupa, vai dar tudo certo". Ela não conseguia sentir as pernas. Fiquei com ela ali no chão. Não estava nem ai pro frio ou se ia sujar minha roupa. Ficaria ali no chão com ela o tempo que fosse presizo. Não a deixaria em hora nenhuma. Sei que ela já fez o mesmo por mim e faria quantas vezes fossem nescessarias. Quando ela estava se sentindo mais forte para levantar, fui com ela para quarto. Ajudei a se deitar e medi sua pressão novamente. Estava se normalizando. Respirei mais aliviada. Ela estava ficando bem. Depois de tudo fui para o meu quarto. Sentei na cama e desabei em choro. Chorei por horas. Senti muito medo.
Ray
Hoje ta frio né? Pra piorar quando eu acordei ainda tava sem energia, acabou ontem umas 23hrs. Acordei 7hrs pra fazer uns exames. Tive que tomar banho gelado. Foi mais um banho de gato sabe. Um pouquinho de agua aqui, um pouquinho de agua ali.  Foi tenso. Me arrumei, tomei um copo de café com leite e fui pra parada de onibus. Esperei uns 10 min, cheguei no local para fazer os exames umas 8hrs. Ainda tava muito frio. Peguei a senha de numero 208 esperei quase 20 min pra ser chamada. Finalmente chegou o meu numero, fui para o guiche 6. Um homem aparentemente educado me atendeu. Me deu bom dia, pedio que eu me sentasse e pedio minha identidade. Vasculhei minha bolsa, peguei minha carteira e entreguei minha identidade. tudo correndo muito bem. O homem então me pede o Pedido do medico. Volto a vasculhar minha bolsa, uma, duas vezes. tinha esquecido a droga do pedido em casa. Da pra acreditar? Acordar cedo, tomar banho gelado e ainda esquecer o pedido! Meu dia começou muito bem. Ele me informou que sem o pedido em mãos eu não poderia fazer o exame. Não ia dar tempo de voltar em casa. Cheia de raiva fui remarcar os exames. No balcão de atendimento tinha uma loira com cara de fresca. Falei que queria remarcar um atendimento. Ela perguntou pra quando. Eu respondi que para o mais rapido possivel. Não sei se era só a minha raiva, mas eu não tava muito pra conversa. Ela disse que não tinha nenhuma vaga para esses dias. Então pra que ela perguntou o dia? Perguntei´para que dia ia ter vaga. Ela disse que só no dia 18. Fala serio! Se fosse algo hurgente eu podia estar morta até o dia 18. E olha que eu to pagando pelo atendimento ein. falei que ja que não tinha outro jeito podia ser para o dia 18. Ela perguntou o meu nome. Rayane. Aline? Rayane. Daiane? RAYANE!!! Em seguida perguntou meu sobrenome. Santana. Só? Claro, se tivesse mais eu tinha falado! Marcado para o dia 18. Fui embora sem agradecer. Eu sei que a culpa não era dela, mas ninguem tem nada haver com a minha raiva.
Ray
Para comemorar o dia, minha mãe viajou pra casa da minha vó. Pois é, passei o dia das mães sem a minha mãe.  Mas fico feliz por ela. Ela não consegue ver a minha vó com muita frequencia. Comprei de presente um livro que durante anos ela queria ler mas ninca havia encontrado. É um livro simples, chamado Violetas na janela. Depois de semanas procurando em varias livrarias, de Fenac, Saraiva, Leitura até pequenas livrarias de usados. Quando encontrei o livro vibrei de felicidade. Dei o livro pra ela no mesmo dia. não consigo guardar presentes! Ela ficou radiante de felicidade, foi dela que herdei a paixão por livros. Ela viajou ontem e deve voltar ainda hoje ou amanha cedo. Temos muitos dias para comemorar. Até que não foi de todo ruin. Passei quase o domingo todo dormindo.
Ray
        


         Entenderam né?
Ray

Com barulhos, com eternas msg's, com saudades nos dias em que o  vejo, com luta aos sabados anoite, com coca nas mininas, com vocativos culinarios, com declarações de amor logo cedo, com brincadeiras, com risos estericos de coisas simples, com conselhos e brocas, com conversas até de madrugada, com os gestos, os sorrisos e a voz, com as musicas mais sem sentido, com o olhar em silencio, com as lembranças e o futuro.



Tudo com ele fica perfeito.